Vendo que este livro faz parte do Plano Nacional de Leitura, pedi aos meus pais que o comprassem. Quando o leres, vais ficar a conhecer Elias Bonfim, um jovem de 12 anos que perdeu o pai ainda não tinha nascido, de ataque cardíaco. Era amante de livros e, além de os ler, vivia-os intensamente, por isso Elias acreditava que o pai tinha sido devorado por um livro que lia nas pausas do trabalho.
Vou, também, apresentar-te Beatriz, a jovem de quem todos os rapazes gostavam. Rapariga de 11 anos, de estatura média, magra e elegante, muito bonita, embora discreta, chamava a atenção de todos os rapazes da escola. Ficavam fascinados com o seu olhar profundo, olhos grandes, castanhos e sorriso sincero e ternurento.
Quando Elias fez 12 anos, recebeu como prenda da sua avó a biblioteca pessoal do pai e aí começaram as aventuras. Passava as tardes inteiras na biblioteca, lia e seguia as pistas nas anotações que o pai foi fazendo. Livro após livro, Elias, tal como o pai, vivia-os intensamente confundindo a realidade com a ficção.
Bombo era o seu melhor amigo, jogavam bola, andavam bicicleta e a quem Elias confidenciava as aventuras que viva nos livros. Ambos gostavam da mesma rapariga, Beatriz, mas Elias estava convencido que a Beatriz também gostava dele, até porque Bombo era baixinho, gordinho e usava óleo no cabelo. Por isso ficou furioso quando Beatriz escolheu o Bombo como namorado e, num ataque de fúria, insultou-o e humilhou-o tanto que deixou Bombo completamente descontrolado. Ele que era diabético, entrou numa pastelaria e devorou todos os pastéis de nata que pode.
Algo de trágico aconteceu a Bombo que fez Elias arrepender-se desta atitude ciumenta para o resto da sua vida. Se quiserem saber isto e muito mais, leiam este livro!
Gonçalo Ribeiro